INTRODUÇÃO
Nesse artigo vamos falar
um pouco sobre overclock de notebook, de maneira a melhorar o
desempenho e consequentemente, esticar a vida útil do produto. Caso
contrário, teríamos que comprar outro notebook em um curso prazo de
tempo. Para isso, vamos falar de algumas técnicas e modificações
no notebook para melhorar o desempenho. E por último, é importante
destacar que o overclock aplicado no notebook não visa
necessariamente aumentar a frequência do processador para além da
fabricada (1,8 GHz) e sim, aplicar técnicas que visam dissipar
calor, melhorar throughput (fluxo, vazão, por unidade de tempo,
usando qualquer medida, como por exemplo, bytes por segundo, etc)
entre os dados que trafegam entre a CPU-Memória e outros.
DESENVOLVIMENTO
Todo semicondutor como
CI, transistores, diodos e outros ao entrarem em funcionamento,
gastam energia por unidade de tempo (Joules / segundo) que é chamada
de potência. Quanto maior a potência dissipada, maior o calor
dissipado pelo semicondutor.
O aquecimento em
semicondutores como CI, transistores, diodos e outros, faz com que os
elétrons ganhem energia extra para mudar de níveis de tensão, sem
precisar do chaveamento lógico que ocorre durante o funcionamento da
CPU. Com isso, o estado interno da CPU (Registradores, memória, etc)
tem funcionamento instável o que pode levar a erros de cálculos e
constantes travamentos. Por isso, precisamos dissipar esse calor,
pois evitarmos seria impossível, pois se o semicondutor não dissipa
calor, ele não está dissipando potência e consequentemente, não
realiza trabalho e por último, não funciona.
Conforme a figura a
seguir, vemos o notebook a sofrer overclock. Esse notebook tem 2 GB
de ram (o máximo suportado), roda Ubuntu Linux 14.10 (se usar outro
sistema operacional como Windows, o notebook não suportaria e
ficaria extremamente lento), frequência de CPU de 1,8 GHz.
Como vemos na figura a
seguir, mostramos as principais regiões que dissipam mais calor,
como CPU, placa de vídeo (NVIDIA) e memória.
Na figura a seguir, destacamos as áreas
que mais dissipam calor com a cor VERMELHA.
Essas regiões foram identificadas pelo
aquecimento excessivo no notebook.
Para resolver o problema
do aquecimento, precisaríamos abrir mais espaço de ventilação,
pois os furos originais na memória são praticamente insuficientes!
E também, é difícil para um projetista de produtos como notebook,
pensa em desenhar (projetar) um notebook que possa resistir por
longos tempos de uso e sobre uso severo (sistema operacional que usa
toda a memória, frequência baixa da CPU, baixo throughput (fluxo,
por unidade de tempo, bytes por segundos ou outras grandezas, de
qualquer área) entre a CPU – Memória – Placa de Vídeo.
Esses furos foram
realizados em sua maioria por uma furadeira de maneira a permitir
maior passagem de ar entre os módulos de memória e placa de vídeo.
Sem esses furos, foi constatado que a CPU ficava esperando a memória,
pois ficava sempre em 99 % de uso, depois disso, houve melhor vazão
(throughput) de dados entre CPU-Memória e consequentemente, a CPU dá
uns picos de 100% e caí rapidamente para 5%, nisso eliminamos o
gargalo (ponto de maior estrangulamento num fluxo de dados ou em
qualquer outra área, como logística, química e outras.) de
comunicação CPU-Memória.
Na próxima figura, vemos
que a base (rodapé) que segura o notebook apoiado em uma mesa
precisou ser serrado, pois o mesmo, atrapalhava a circulação de ar
da CPU do notebook. É como se o ar quente ficasse “parado” e
deixando a CPU mais quente ainda. Ou de forma análoga, é como um
carro sem sistema de arrefecimento, aonde o motor vai esquentando, o
ar quente em volta não “saí”, isto é, não se dissipa, e deixa
o motor mais quente, até queimar o motor. No caso da CPU, isso leva
ao travamento da mesma.
Na próxima figura,
usamos uma mesa que possui ventoinhas para deixar o notebook mais
frio. Esse acessório, também chamado de “cooler de notebook” é
encontrado em praticamente todas as lojas de informática. Nisso,
estamos ajudando o notebook a dissipar o calor, pois não adianta
nada, ter boa circulação de ar (com os furos na parte da memória e
placa de vídeo) e o ar não “circula”. Ai entra o papel da mesa
para forçar a circulação de ar, de modo a eliminar o ar quente que
foi dissipado do notebook.
Na próxima figura,
mostramos o gráfico de uso da CPU que se mantém em 5 % com alguns
picos de quase 80 %, mas depois “volta” aos 5% e baixo calor nas
memórias, placa de vídeo e CPU.
Quando a CPU e memória
ficavam quentes, isto é, temperaturas próximas a 60 graus celsius,
a CPU ficava mais lenta e depois de um tempo e usando programas
pesados como a IDE Eclipse Kepler para desenvolvimento em linguagem
Java, a CPU travava.
CONCLUSÕES
Mostramos de maneira
simples como melhorar o desempenho do computador enquanto não se tem
“grana” para comprar o outro notebook. Além disso, fica claro
que intervenções são necessárias para melhorar a circulação de
ar no notebook. Para notebooks novos, isso violaria a garantia, mas
para notebooks antigos (como esse do artigo), ganharia mais tempo de
uso.
REFERÊNCIAS
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